segunda-feira, 7 de abril de 2014



Carne frita ou assada aumenta risco de demência, diz estudo


  • BBC
    De acordo com pesquisadores, qualquer carne cozida poderia aumentar o risco de demência
    De acordo com pesquisadores, qualquer carne cozida poderia aumentar o risco de demência
O cozimento de carne no forno, na grelha ou em frigideira libera substâncias químicas que podem aumentar o risco de desenvolver demência, sugerem pesquisadores norte-americanos.

Os chamados Produtos de Glicação Avançada (os AGE, da sigla inglesa Advanced Glycation Endproducts) têm sido associados a doenças como a diabetes tipo 2.

Ratos alimentados com uma dieta rica em AGEs apresentaram acúmulo de proteínas perigosas no cérebro e tiveram a função cognitiva prejudicada.

Especialistas afirmaram que os resultados são "convincentes", embora não forneçam "respostas definitivas".

AGEs são formadas quando proteínas ou gorduras reagem com açúcar. Isso pode acontecer naturalmente ou durante o processo de cozimento.

Pesquisadores da Icahn School of Medicine at Mount Sinai, em Nova York, testaram o efeito da AGEs em camundongos e pessoas.

A experiência com animais, divulgada na publicação Proceedings of the National Academy of Sciences, mostrou que uma dieta rica em AGEs afeta a química do cérebro.

Isso leva a um acúmulo de proteína defeituosa beta-amilóide - uma característica da doença de Alzheimer. Os ratos que comeram uma dieta baixa em AGEs foram capazes de impedir a produção da proteína.

Por outro lado, os ratos realizaram bem menos tarefas físicas e mentais depois de dietas ricas em AGEs.

Uma análise de curto prazo de pessoas com mais de 60 anos sugere uma ligação entre altos níveis de AGEs no sangue e o declínio cognitivo


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Conheça alguns mitos e verdades sobre alzheimer15 fotos

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O primeiro sintoma do alzheimer é a perda da memória MITO: não é apenas a perda da memória que sinaliza o alzheimer. A doença atinge inicialmente a parte do cérebro que controla a linguagem, a memória e o raciocínio, outros sintomas podem indicar sua chegada. "Esquecimentos persistentes de fatos recentes, recados, compromissos, dificuldades com planejamento de atividades, cálculos, controle das finanças, desorientação no tempo e no espaço, dificuldade de executar tarefas rotineiras e alterações de comportamento (como comportamentos inesperados, inadequados, incomuns para aquela pessoa) são os primeiros sinais da doença de alzheimer", explica o psiquiatra Cássio Bottino, professor do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e diretor científico da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz) Leia mais Getty Images
'Tratamento eficaz'

O estudo concluiu: "Relatamos que a demência relacionada à idade pode ser causalmente associada a altos níveis de alimentos com Produtos de Glicação Avançada .

"O mais importante, a redução da AGEs derivados de alimentos, é viável e pode ser uma estratégia de tratamento eficaz."

Derek Hill, professor da University College London, comentou: "Os resultados são convincentes."

"Como a cura para a doença de Alzheimer continua a ser uma esperança distante, os esforços para evitá-la são extremamente importantes, mas este estudo deve ser visto como incentivador à continuidade dos trabalhos de pesquisa, mesmo sem fornecer respostas definitivas."

"Mas isso é motivo para otimismo - o estudo acrescenta evidências e sugere que o uso de estratégias de prevenção pode reduzir a incidência da doença de Alzheimer e outros tipos de demência na sociedade, o que poderia ter um impacto muito positivo em todos nós."

Simon Ridley, da organização Alzheimer's Research UK, disse: "Diabetes havia sido previamente associada a um risco maior de demência, e este pequeno estudo fornece uma nova visão sobre alguns dos possíveis processos moleculares que podem ligar as duas condições."

"É importante notar que as pessoas envolvidas neste estudo não sofrem de demência. Como o tema ainda não foi suficientemente estudado, nós ainda não sabemos como a quantidade de AGEs em nossa dieta pode afetar o nosso risco de demência."
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Veja alguns mitos e verdades sobre carne vermelha17 fotos

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Carne vermelha é rica em muitos nutrientes importantes para o organismo. VERDADE: considerada uma fonte proteica de alto valor biológico, é composta por todos os aminoácidos, essenciais e não essenciais. Tais elementos são fundamentais para a formação e renovação celular de todo o organismo. A carne ainda é rica em mioglobina, que promove o transporte de oxigênio para as células musculares; ácido linoleico conjugado (CLA), responsável pela queima de gordura e defesa contra doenças; e uma série de vitaminas e minerais, como vitamina B12, ferro, zinco, magnésio, sódio e potássio. A grande oferta da B12 é um dos pontos a favor do alimento, já que sua falta pode causar anemia megaloblástica (aquela em que os glóbulos vermelhos são maiores que o normal) e mudanças no sistema nervoso (como dificuldade de locomoção e expressão) que, se não socorridas a tempo, podem desencadear deterioração mental e paralisia. O fato de conter todos os aminoácidos, por sua vez, faz com que o item seja especialmente recomendado para os praticantes de atividade física, pois auxilia na recuperação e crescimento muscular Leia mais Thinkstock


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